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Engenharia diagnóstica e recuperação estrutural

Fachadas de edifícios antigos 
(Ensaios realizados)

O emboço que compõe a maioria das fachadas apresenta, particularmente em diversas regiões, intenso estado de meteorização com inúmeras situações de desplacamentos. Aparentemente, de longe, toda a sintomatologia se assemelha a um típico desprendimento de película aplicada sobre emboço.

 

Antes de qualquer comentário, deve-se lembrar que uma das principais funções da pintura externa é a de proteger a parede conta a penetração da água da chuva.

 

A CAUSA

 

O revestimento que compõe as fachadas é formado pelas tradicionais camadas de:

 

1- chapisco - cimento e areia traço 1:3

2- Emboço - argamassa de cimento e saibro no traço a:6

3- Pintura - imprimação com ‘selador’ pigmentado acrílico e mais duas demaõs de tinta acrílico à base de d’agua.

 

A tinta utilizada foi a padrão encontrada nas lojas comerciais, que é absorvente e porosa, e que por si só não é capaz de proteger o emboço contra penetração da chuva torrencial.

Logo, faz seu trabalho de absorção introduzindo consideráveis quantidades d’agua no interior da parede. Aparentemente apresenta bom trabalho de adesão ao emboço. Não há informações, é de costume, sobre a performance técnica da tinta. particularmente sobre o peso de sólidos (resina), seu funcionamento como difusora de vapor e teste de durabilidade à radiação UV.

 

O emboço, por sua vez aparentemente com bastante quantidade de argila, recebe esta água que se soma à agua já contida no interior da parede, em ponto de condensação, proveniente

do interior dos apartamentos. Pode-se imaginar, em um simples ensaio de absorção, que este emboço tem um grande aumento de volume, pois é hidrófilo e absorvente.

 

A ação da água sobre a parede de uma fachada é composta de 85 a 90% de água da chuva e 10 a 15% da água de condensação proveniente do interior da edificação. A água de condensação é aquela que condensa na superfície interna da parede que é mais fria que a temperatura ambiente do apartamento, de maneira semelhante à água condensada nos vidros dos carros, pelo lado interno, nos dias de chuva, penetrando na parede.

 

Pelo fato de nada sabermos sobre o poder de transmissão ou difusão do vapor d’água (TVA) da tinta utilizada, necessário à secagem da parede pelo lado externo, vamos considerar, por questões de análise, que não tenha uma boa performance para este fator técnico relevante.

 

Como consequência, temos a meteorização do emboço, causando pressões na película de tinta com rompimento da mesma e o consequente estufamento de todo o sistema. Em outras palavras, a água que penetra facilmente no emboço é rapidamente aprisionada pelo mesmo, não

conseguindo sair com a mesma rapidez com que entrou, exatamente porque encontra barreiras ao vapor na película de tinta.

Reboco antigo - Ensaio de permeabilidade

2.png

Resultado em amostra de saibro após 10 min
consumo 3,50 ml

Reboco novo cimento e areia traço 1:3 impermeabilizado -  Ensaio de permeabilidade

1.png

Resultado em amostra de argamassa nova impermeabilizada
após 10 min

consumo 0,5 ml

Reboco antigo - após aplicação de
endurecedor de superfície 

3.png

Resultado em amostra de Saibro após aplicação de endurecedor de superfície
após 10 min

consumo 1 ml

Resultado:
O ensaio realizado na amostra de saibro de 50 anos muito porosa soltando muito pó, demostrou-se  muito permeavel a água sendo totalmente impropria para uma simples pintura.

Após aplicação de endurecedor de superfície, onde as particular foram aglutinadas e após analise do teste a superficie que antes absorveu quase todo o conteudo do cachimbo de vidro passou a absorver 1 ml, resultado  quase igual ao video nº 2 onde a análise foi realizada em argamassa nova a base de areia e cimento 1:3 com aditivo
impermeabilizante.


 
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Foto de ensaio realizado "in loco"

Reboco antigo - Ensaio empirico

MÉTODO EMPÍRICO PARA AVALIAÇÃO INDIRETA DA ABSORÇÃO DA ÁGUA

Este ensaio, de ordem qualitativa e quantitativa permite avaliação da absorção de água superficial e o espalhamento da sua mancha devido ao tamanho do agregado e rugosidade da superfície, a partir da observação visual e medições ao longo do tempo.

Para tanto, utiliza-se um conta gotas com capacidade de no mínimo dois (2) mililitros (ml), cronometro e trena para tomada das medidas.

Inicialmente analisou-se absorção de água superficial e em seguida o espalhamento ou manchamento no revestimento. Também, verificou-se o tempo de demora para evaporação superficial do líquido. Esse procedimento de teste buscou, entre outras questões, simular o escoamento da água da chuva ao longo da parede, avaliar a rugosidade superficial decorrente do tamanho do agregado miúdo e a absorção de água por parte do revestimento.

O procedimento de ensaio consistiu em encher com água um conta-gotas até o nível de 2 ml e, lentamente, no topo do revestimento, permitir a queda da agua sob a ação da gravidade por um tempo de, aproximadamente, vinte segundos.

Registrou-se, também, o tempo (em minutos) que o revestimento levava para evaporar a água absorvida desde o momento de finalização de queda (final dos vinte segundos).

Vidêos de revestimentos antigos com saibro

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